Cinema & Vídeo

FILME: Primitivo (Primeval, EUA, 2007)

Direção: Michael Katleman
Roteiro: John Brancato e Michael Ferris
Produção: Gavin Polone
Fotografia: Edward J. Pei
Música: John Frizzell
Edição: Gabriel Wrye
Direção de Arte: Fred Du Preez
Efeitos Especiais: Luma Pictures/ Encore Visual Effects/ Gentle Giant Studios Inc.
Elenco: Dominic Purcell (Tim Manfrey); Brooke Langton (Aviva Masters); Jürgen Prochnow (Jacob Krieg); Gideon Emery (Mathew Collins); Gabriel Malema (Jojo); Linda Mpondo (Dente de Ouro); Lehlohonolo Makoko (Benapole); Dumisani Mbebe (Harry); Eddy Bekombo (Ato); Chris April (Capitão); Ernest Ndhlovu (Shaman); Erika Wassels (Dra. Cathy Andrews); Lika Van Den Bergh (Rachel); Patrick Lyster (Roger Sharpe); Andrew Whaley (Senador Porter)


Confesso que quando fui assistir ao filme Primitivo, pensei ser mais um filme crocodilo-gigante-devorando-gente. Enganei-me. Antes, é um filme sobre pessoas, sobre como podemos ser egoístas e superficiais; o filme gira em torno de uma equipe de jornalistas que viaja até à África, mais precisamente em Burundi, para investigar uma lenda local sobre um crocodilo gigante (que também devora gente) conhecido como Gustave. Mas a trama em volta da besta de 8 metros é somente o plano de fundo para contar uma história (baseada em fatos reais) que acontece todos os dias nos países do continente africano: massacre de civis inocentes.

A região em questão vive uma guerra civil, onde os povoados locais são aterrorizados por um projeto de ditador que se autodenomina pequeno Gustave. Em meio às cenas de ação, protagonizadas pelo ator Dominic Purcell (o eterno Lincoln Burrows de Prison Break), vemos o que realmente importa nesta película, o quão violento e impiedoso o ser humano pode ser em busca do lucro e do poder. Os personagens criam questionamentos oportunos e nos fazem pensar como somos alienados em nosso mundinho, enquanto ao nosso lado (literalmente), pessoas morrem de forma desumana e cruel. O próprio título do filme representa um anacronismo, que nos remete a uma época em que o ser humano nada mais era que um animal irracional como qualquer outro.


As atuações não são dignas de um Oscar, Purcell mais uma vez banca o brucutu e a bela Brooke Langton não consegue impor a força que sua personagem merecia, mesmo assim recomento fortemente essa obra, pois o que perde em talento dos atores, ganha em trama bem construída, e de quebra, um pouco de reflexão.

Este filme pode ser adquirido através do link abaixo: