Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
Ao completar 64 dias de greve, os servidores do Judiciário aguardam assembleia que será realizada hoje para deliberar a respeito da paralisação no Estado de São Paulo. Para o diretor de comunicação da Assetj (Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça), Sylvio Micelli, o cenário para negociação é ruim, pois não existe nenhuma proposta do TJ (Tribunal de Justiça). "Mesmo na audiência ocorrida há 15 dias, as tratativas não avançaram", diz.
A entidade calcula que pelo menos 40% dos funcionários paulistas estejam em greve. Esse movimento é mais intenso nas cidades de Campinas, Ribeirão Preto e Baixada Santista. A Capital também teve seus momentos de pico, chegando a paralisar as atividades no Fórum João Mendes, o maior da América Latina.
Na região, a adesão não foi intensa como em outras localidades. Micelli lembra que a maior concentração de grevistas ocorreu em Rio Grande, Ribeirão Pires e Diadema, apenas no início do movimento. "Nas cidades maiores a adesão é bem menor", afirma.
Os 45 mil funcionários querem reposição salarial de 20,16%. O TJ oferece 4,77% retroativos a março, referentes ao dissídio de 2010, e já descontou dez dias de paralisação.
FONTE: Diário do Grande ABC