terça-feira, 13 de julho de 2010

Greve no Poder Judiciário de MT completa 70 dias sem solução

Da Redação - Lucas Bólico
A greve dos servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso completa 70 dias nesta segunda-feira (12). Durante todo esse período de paralisação, praticamente não houve avanços significativos nas negociações. Os manifestantes cobram o pagamento da URV, pagamento de auxílio alimentação no valor de R$ 500 e o cumprimento da resolução n° 48 do Conselho Nacional de Justiça, que exige curso superior para o exercício da profissão de Oficial de Justiça.

Em entrevista ao Olhar Direto, o presidente do Sindicato do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues, disse que está aguardando os cálculos referentes à URV feitos pela Presidência do TJ e uma reunião com o presidente José Silvério para definir o fim da greve. “Ambas as partes precisam ceder. A qualquer momento a gente pode sentar e chegar a um denominador comum”, explicou.

Rosenwal alega estar mais confiante no fim do impasse com a intervenção do governador Silval Barbosa. Na última segunda-feira (5), uma comissão formada por quatro membros da cúpula grevista se reuniu com o secretário chefe da Casa Civil Eder Moraes. Eder repassou aos manifestantes que o governador havia se reunido horas antes com o presidente José Silvério e manifestado o interesse em contribuir para o pagamento da URV com um empréstimo consignado e que estava aguardando os cálculos do TJ.

O servidor José Roberto Mendonça, 47, trabalha no poder Judiciário na comarca de Rondonópolis há 27 anos e conta que nunca havia enfrentado uma greve de tamanhas proporções. “Esta é a primeira vez que eu vejo uma greve com tanta adesão. Sem falar que além de Mato Grosso, servidores de outros estados também estão parados”.

Enquanto o impasse que já se arrasta a 70 dias não se resolve, os serviços essenciais do Poder Judiciário são mantidos com plantão de 30% dos funcionários.