Na Bahia, segundo ofício emitido pelo Tribunal de Justiça, dez magistrados estão correndo risco de morte desde 2009. Somente este ano, conforme a presidente da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), Nartir Dantas Weber, são três juízes que pediram ajuda depois de sofrerem ameaças.
Por questões de segurança, os nomes dos magistrados e as comarcas que trabalham foram preservados, mas segundo contou Weber, dos juízes ameaçados de morte, um atua na área crime e lida diretamente com traficantes e grupos de extermínio, e dois outros na área cível. “O que trabalha na área crime recebeu ameaças de traficantes e os outros dois magistrados, de pessoas que estão descontentes com o andamento do processo. Com as ameaças, eles solicitaram pedido de segurança e um vive com escolta 24 horas e os outros dois são monitorados durante todo o tempo”, revelou Weber, acrescentando que alguns promotores também vêm sofrendo com ameaças.
A polêmica foi levantada após o assassinato brutal da juíza Patrícia Lourival Acioli, 47 anos, titular da 4ª vara criminal na comarca de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, ocorrido na última sexta-feira. O fato acionou o alerta sobre as condições de segurança desses profissionais do Judiciário. A ministra Eliana Calmon, Corregedora Nacional de Justiça (CNJ), solicitou que todos os tribunais fizessem um levantamento sobre quantos magistrados estão sendo ameaçados em todo o Brasil. O levantamento apontou que existem atualmente 100 magistrados brasileiros em situação de risco, sendo 69 deles marcados para morrer. A Bahia ocupa a terceira posição na lista.
INTERIOR - “Os fóruns do interior e alguns aqui em Salvador não dispõem de policiais armados para dar proteção aos magistrados durante audiência e julgamentos. Tem casos que as pessoas entram armadas nas audiências”, revelou Weber, completando que na capital apenas o Fórum Ruy Barbosa, o Tribunal de Justiça, o Carlos Souto e o Orlando Gomes possuem policiamento. "No caso dos juízes do interior do estado, eles chegam a atender várias comarcas de outras cidades e, além disso, eles próprios que vão conduzindo seus veículos, sem nenhuma medida de segurança”, denunciou a presidente, solicitando que o TJ contrate uma empresa de segurança para proteger os magistrados.
Atentado contra promotores
No mês de maio deste ano, o promotor Paulo Gomes Júnior deixava um shopping na companhia da família e ao passar pela Avenida Tancredo Neves foi emboscado por homens armados que efetuaram quatro disparos, tendo três atingido o veículo do promotor. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. O promotor é membro do Grupo de Atuações Especiais de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual.
Ele atuou em grandes operações como a Operação Janus, que investigava vendas de sentenças por desembargadores, juízes, advogados e servidores do Tribunal de Justiça. Antes do atentado, o promotor coordenou a Operação Pojuca, que desarticulou uma quadrilha chefiada por um delegado. A tentativa de homicídio está sendo apurada pela polícia, mas até hoje não foi identificada a autoria.
No ano passado, em Vitória da Conquista, uma promotora que cuidava do caso que apurava envolvimento de policiais numa chacina num bairro da cidade recebeu várias ameaças e teve seu carro atingido com disparos de arma de fogo. Devido o episódio, ela abandonou a investigação. A ousadia dos marginais aumenta cada vez mais e a principal preocupação da presidente da Amab é a falta de segurança nos fóruns da Bahia.
Por questões de segurança, os nomes dos magistrados e as comarcas que trabalham foram preservados, mas segundo contou Weber, dos juízes ameaçados de morte, um atua na área crime e lida diretamente com traficantes e grupos de extermínio, e dois outros na área cível. “O que trabalha na área crime recebeu ameaças de traficantes e os outros dois magistrados, de pessoas que estão descontentes com o andamento do processo. Com as ameaças, eles solicitaram pedido de segurança e um vive com escolta 24 horas e os outros dois são monitorados durante todo o tempo”, revelou Weber, acrescentando que alguns promotores também vêm sofrendo com ameaças.
A polêmica foi levantada após o assassinato brutal da juíza Patrícia Lourival Acioli, 47 anos, titular da 4ª vara criminal na comarca de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, ocorrido na última sexta-feira. O fato acionou o alerta sobre as condições de segurança desses profissionais do Judiciário. A ministra Eliana Calmon, Corregedora Nacional de Justiça (CNJ), solicitou que todos os tribunais fizessem um levantamento sobre quantos magistrados estão sendo ameaçados em todo o Brasil. O levantamento apontou que existem atualmente 100 magistrados brasileiros em situação de risco, sendo 69 deles marcados para morrer. A Bahia ocupa a terceira posição na lista.
INTERIOR - “Os fóruns do interior e alguns aqui em Salvador não dispõem de policiais armados para dar proteção aos magistrados durante audiência e julgamentos. Tem casos que as pessoas entram armadas nas audiências”, revelou Weber, completando que na capital apenas o Fórum Ruy Barbosa, o Tribunal de Justiça, o Carlos Souto e o Orlando Gomes possuem policiamento. "No caso dos juízes do interior do estado, eles chegam a atender várias comarcas de outras cidades e, além disso, eles próprios que vão conduzindo seus veículos, sem nenhuma medida de segurança”, denunciou a presidente, solicitando que o TJ contrate uma empresa de segurança para proteger os magistrados.
Atentado contra promotores
No mês de maio deste ano, o promotor Paulo Gomes Júnior deixava um shopping na companhia da família e ao passar pela Avenida Tancredo Neves foi emboscado por homens armados que efetuaram quatro disparos, tendo três atingido o veículo do promotor. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. O promotor é membro do Grupo de Atuações Especiais de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual.
Ele atuou em grandes operações como a Operação Janus, que investigava vendas de sentenças por desembargadores, juízes, advogados e servidores do Tribunal de Justiça. Antes do atentado, o promotor coordenou a Operação Pojuca, que desarticulou uma quadrilha chefiada por um delegado. A tentativa de homicídio está sendo apurada pela polícia, mas até hoje não foi identificada a autoria.
No ano passado, em Vitória da Conquista, uma promotora que cuidava do caso que apurava envolvimento de policiais numa chacina num bairro da cidade recebeu várias ameaças e teve seu carro atingido com disparos de arma de fogo. Devido o episódio, ela abandonou a investigação. A ousadia dos marginais aumenta cada vez mais e a principal preocupação da presidente da Amab é a falta de segurança nos fóruns da Bahia.
FONTE: Tribuna da Bahia
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