quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Presidente do Sinpojud rebate acusação de Telma Britto

Em matéria publicada no Correio da Bahia desta terça-feira (16) a presidente do Sinpojud, Maria José Silva rebate as criticas feitas aos servidores pela presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, des.ª Telma Britto, durante inauguração do novo Fórum Criminal.
 
Telma Britto afirmou que o caos na justiça é uma invenção dos servidores. “Não posso aceitar, por exemplo, que haja fila com entrega de 20 senhas para autenticação de documentos. Um serviço muito rápido” critica Britto.
 
A presidente do Sinpojud, Zezé reagiu às acusações e atribuiu o problema ao déficit de funcionários, declarando: “duvido que ela saiba quantos funcionários há hoje nos cartórios. Nos cartórios extrajudiciais não têm nem um terço dos servidores que precisam, em alguns só existem três funcionários para tudo”, desabafa a sindicalista.

 A equipe da TV Sinpojud juntamente com os diretores do sindicato Jorge Cardoso e Zenildo Castro foi à dois cartórios extrajudiciais de Salvador onde comprovaram a dura realidade dos servidores. “A presidente do TJBA está bem distante dos funcionários do Poder Judiciário e sempre se coloca avessa ao problema, como inimiga da categoria”, é o que afirma Jorge Cardoso, diretor de finanças do Sinpojud.

No 2º Oficio de Notas, às 9 horas da manhã 70 senhas já tinham sido distribuídas, para serem atendidas por três funcionários e apenas dois computadores, já que os outros estavam quebrados. Para o diretor do Sinpojud, Zenildo Castro o fato não é novidade. “Essa é a realidade de muitos servidores dos cartórios extrajudiciais e as dificuldades são visíveis, tanto para a sociedade quanto para os servidores, apenas a presidente do TJ não quer ver”, desabafa Castro.

Um funcionário do cartório, que não quis se identificar com medo de represálias, ainda informou que até mesmo as senhas estavam sendo feitas manualmente, pois o aparelho de senha também não funcionava. “Não podemos nem reclamar, pois no Tribunal de Justiça da Bahia não existe democracia e sim uma hierarquia ditatorial”, afirmou.

A população, que também é sacrificada por uma má gestão do Tribunal que não aparelha os cartórios e nem contrata pessoal também reclama. “Peguei a senha de número 62 e são dois funcionários para atender quase 100 pessoas. A culpa disso é do poder público”, afirmou o segurança Wilson dos Santos.
 
O descaso com os cartórios chega a tal ponto que no 6º Oficio de Notas, localizado no Comércio, alguns ar condicionados foram enviados pelo Tribunal ao local e não houve quem instalasse ficando há 2 anos encostados enquanto que funcionários e população sofrem com o calor e a espera de mais de 100 senhas para atendimento.

FONTE: Sinpojud    

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