sábado, 4 de junho de 2011

Confraternizar não é problema de ordem pública. Falta de segurança sim.

Open in new windowEm matéria veiculada pelo Jornal A Tarde, da última quarta-feira (01), os servidores do 2º Juizado Especial Cível de Defesa do Consumidor, em Brotas, foram acusados de abandonar as suas atividades para a realização de uma comemoração interna.

O jornalista que fez a matéria esqueceu de ouvir os dois lados da história, utilizando apenas a informação de uma fonte para tirar as conclusões indevidas sobre o acontecido.

A Coordenadoria Executiva do SINTAJ esteve, na manhã desta sexta-feira (03), na unidade de Brotas, para ouvir os servidores acerca da situação.

De acordo com Heloísio Ambrózio, supervisor da unidade, houve realmente uma comemoração pelo aniversário de um servidor, porém, as pessoas que se encontravam na sala de espera já tinham sido atendidas e aguardavam serem chamadas para as audiências que estavam ocorrendo normalmente. Segundo Ambrózio havia cerca de dez pessoas na sala e a pessoa entrevistada, Sraª Rosimeire do Carmo, pelo Jornal A Tarde, já tinha consultado o andamento do seu processo, portanto, já tinha sido atendida.

Open in new windowNo momento da comemoração um dos atendentes judiciários da unidade estava atendendo uma parte e o conciliador estava chamando as pessoas para as audiências normalmente. Além disso, a sala onde foi realizada a confraternização é no mesmo ambiente da sala de espera (foto abaixo), podendo, a qualquer momento, qualquer das partes terem acesso a mesma.

Confraternizar dentro de uma empresa, seja ela pública ou privada, é nada mais do que uma forma de estreitar os relacionamentos interpessoais dos que ali trabalham e desta forma fazer com que o andamento dos trabalhos seja sempre de forma prazerosa e agradável, levando com isso benefício para o funcionário e para o cidadão a quem ele vai atender diariamente.

O Jornal A Tarde se aproveitou da situação para publicar, em capa, por dois dias consecutivos, matérias denegrindo a imagem do Juizado Especial e por conseqüência da justiça baiana, que apesar de não ter as devidas condições para um melhor atendimento, presta à sociedade um serviço mais ágil e simplificado, diminuindo muitas vezes a insatisfação que muitos têm em relação à justiça.

Open in new windowO 2º Juizado Especial Cível de Defesa do Consumidor, em Brotas, merecia uma matéria mais detalhada sobre a situação da unidade que hoje sofre com diversos problemas, entre eles, falta de água, de pessoal e principalmente de segurança, dentro e fora da unidade. Tratar uma confraternização de funcionários como um problema de ordem pública é no mínimo não dá valor as relações pessoais, que são imprescindíveis, em qualquer ambiente, mas principalmente no ambiente de atendimento público aos cidadãos.

A informação precisa e deve ser dada, mas sempre com a devida responsabilidade.

FONTE: Sintaj

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